Daniel Oscar Plenc
Diretor do Centro White da Argentina (Agosto de 2003)
Tradução – Cristiane Perassol Sartorti

Devemos comemorar a data de aniversário e outras datas especiais? De que maneira?

As Escrituras registram duas comemorações de aniversário: o de Faraó (Gên. 40:20) e de Herodes Antipas (Mt 14:6; Mc 6:21). Nos tempos bíblicos, aparentemente os cidadãos gregos, romanos e persas festejavam o aniversário, mas não os judeus (Diccionario Bíblico Adventista del Séptimo Día, p. 287).

Ellen White apresenta certa preocupação por festas que alimentam o egoísmo, a exaltação própria e o mundanismo.  Ela vê a questão de aniversários como uma oportunidade para cultivar a gratidão e o louvor a Deus como criador e mantenedor da vida. Devemos propor que a data do aniversário seja uma das ocasiões para presentear a Deus com alguma oferta especial.  “Os pais não têm ensinado aos filhos os preceitos da lei como Deus lhes ordenou. Eles os têm educado em hábitos de egoísmo. Têm-nos ensinado a considerar seus aniversários e festas como ocasiões em que esperam receber presentes e seguir os hábitos e costumes do mundo. Tais oportunidades, que deveriam servir para incrementar o conhecimento de Deus e despertar a gratidão do coração por Sua misericórdia e amor em preservar-lhes a vida por mais um ano, são transformadas em ocasiões para agradar-se a si mesmos, para adulação e glorificação dos filhos. Foram eles guardados pelo poder de Deus em cada momento de sua vida, e contudo os pais não ensinam seus filhos a nisto pensar e exprimir gratidão por Sua misericórdia para com eles. Se crianças e jovens tivessem sido convenientemente instruídos nesta fase do mundo, que honra, que louvor e graças subiriam de seus lábios a Deus! Que soma de pequenas ofertas seria levada pelas mãos desses pequeninos ao tesouro do Senhor como sinal de gratidão! Deus seria lembrado em vez de esquecido” (Review and Herald, 13 de novembro de 1894) (Conselhos sobre a Escola Sabatina, p. 142).

A comemoração do aniversário é um bom momento para pensar em Deus e honrar Seu nome, Sua bondade e cuidado. “Na dispensação judaica, por ocasião do nascimento dos filhos, era feita uma oferta a Deus, por indicação dEle próprio. Agora vemos os pais tendo o especial cuidado de dar presentes aos filhos por ocasião de seus aniversários. Fazem disto uma ocasião para honrar a criança, como se a honra fosse devida ao ser humano. Satanás tem nisto encontrado seu próprio objetivo; tem desviado a mente e as ofertas para seres humanos; assim os pensamentos dos filhos concentram-se em si mesmos, como se devessem eles ser feitos objeto de especial favor. Aquilo que devia retornar a Deus em ofertas que abençoassem o necessitado e levassem a luz da verdade ao mundo, é desviado do justo canal e freqüentemente faz mais mal que bem, agindo como encorajamento à vaidade, ao orgulho e à presunção. Por ocasião de aniversários, os filhos devem ser ensinados que têm motivos de gratidão para com Deus por Sua terna benignidade em lhes conservar a vida por mais um ano. Podem assim ser dadas preciosas lições. Pela vida, a saúde, o alimento, o vestuário, não menos que pela esperança da vida eterna, somos devedores ao Doador de todas as bênçãos; devemos a Deus o reconhecimento de Seus dons e apresentar nossas ofertas de gratidão a nosso maior Benfeitor. Essas ofertas natalícias são reconhecidas no Céu”  (Review and Herald, 9 de dezembro de 1890) (Conselhos sobre a Escola Sabatina, p. 143).